sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Tóquio - parte 3

No nosso último dia de viagem, visitamos Odaiba, um bairro erguido em uma ilha artificial na Baia de Tóquio.

Rainbow Bridge

O boom de Odaiba ocorreu na década de 80, com um  ambicioso projeto de desenvolvimento que tinha  como finalidade transformar as pequenas ilhas artificiais construídas durante o Período Edo (1603-1868) em um bairro residencial e comercial futurista. Com o estouro da bolha econômica de década de 90, o projeto desenvolvimentista de Odaiba desacelerou, deixando a ilha praticamente vazia.
Na segunda metade da década de 90, vários hotéis e shoppings se instalaram na ilha. Nessa época foi inaugurada a linha de trem Yurikamome, e Odaiba se tornou em um dos destinos turísticos mais populares em Tóquio.

NYC? No, Tokyoooo!
Prédio da Fuji TV
Aquacity com o prédio da Fuji TV ao fundo

Em Odaiba há vários shoppings centers, além de diversas atrações para todas as idades e gostos, como o showroom da Toyota, o Leisureland, o Museu Nacional de Ciência Marítima, Panasonic Center, dentre outras.
O shopping Diver City tem todas aquelas lojas que a mulherada adora: Zara, H&M, Forever 21, etc. A Forever 21 de lá foi a melhor que a já entrei, pois, além de praticamente vazia, era enorme e super organizada, com uma grande variedade. Os preços da Forever 21, por exemplo, não são tão maiores que os dos EUA. Além disso, dependendo do valor da compra, ainda tem o tax refund.

Robô em frente ao Diver City

Outro lugar que merece uma visitinha é o showroom da Toyota, que fica no complexo Palette Town. Lá estão expostos os últimos lançamentos dessa marca japonesa, além de modelos antigos.
Também é possível fazer o test drive de alguns modelos. Para tanto, é necessário carteira de habilitação válida no Japão. Como não nos interessamos em fazer o teste drive, não sabemos se só a CNH brasileira é suficiente ou se precisa apresentar a PID também.
Dentre os carros que vi, me apaixonei pelo Cocoa Mira. Até parece o carro da Hello Kitty. So cute!

Cocoa Mira

Eu quero

Como chegar
Existem várias maneiras de chegar a Odaiba:
  • Yurikamome: é um trem elevado que conecta a estação Shimbashi (Yamanote Line) com a estação Toyosu (linha de metrô Yarakucho). Para descer perto do prédio do shopping Aquacity é só desembarcar na estação Daiba. O trajeto entre Shimbashi e a estação Daiba dura cerca de 15 minutos e custa 310 yen;
  • Rinkai Line: conecta a estação Osaki (Yamanote Line) com a estação Shin-Kiba (JR Keiyo Line), com paradas nas estações Tokyo Teleport e Kokusai Tenjijo. Vale lembrar que o Japan Rail Pass não é válido para os trajetos entre Osaki e Shin-Kiba, embora a linha seja servida por trens da Japan Raiway.
  • De barco: a empresa Tokyo Water Bus realiza trajetos entre Odaiba Seaside Park e o Pier Hinode. O trajeto leva 20 minutos e custa 460 yen;
  • A pé: sim, é possível chegar a Odaiba a pé atravessando a Rainbow Bridge. O trajeto leva em média 45 minutos.
Nós escolhemos o Yurikamome para os trajetos de ida e volta. É prático e fácil, todas as placas tem indicação em inglês. A vista o trem é imperdível. Como a cabine do condutor não é fechada, várias pessoas  se espremiam na frente do trem para ter as melhores vistas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tóquio - parte 2

Nossa primeira visita do dia foi ao mercado de peixe de Tsukiji, localizado no centro de Tóquio. É um dos maiores mercados de peixe do mundo, comercializando cerca de 2.000 toneladas de produtos marinhos todos os dias.
A atração mais procurada pelos turistas é o leilão de atum. Porém, no máximo 120 visitantes podem presencia-lo. Um primeiro grupo de 60 pessoas assiste ao leilão das 5:25 às 5:50. O outro, das 5:50 às 6:15.
Como não estava muito a fim de madrugar, apenas fui lá para conhecer o local e comer um sushi bem fresquinho.
Evitei tirar fotos do lugar, pois li que é grande a reclamação dos que ali trabalham acerca dos turistas que atrapalham suas rotinas, pois param para tirar fotos em locais inapropriados e obstruem o tráfego, o que pode até causar acidentes.
Depois de darmos uma olhada no mercado, decidimos fazer uma pausa para provarmos o sushi. Entramos naquele em que localizamos uma mesa vazia. Acertamos em cheio.

Sushi fresquinho direto do Tsukiji Market

Yummy
Continuamos nosso passeio com uma visita ao bairro do Akihabara, famoso por suas lojas de eletrônicos. Elas são inúmeras, variando de pequenos estabelecimentos a mega lojas, tais como a Yodobashi Camera.
Estava disposta a comprar uma panela para preparar sukiyaki. Entretanto, os modelos mais top estavam disponíveis apenas na versão 110 V. Algumas lojas, como a Laox, vendem uma pequena seleção de produtos de 220V.
Chuo dori

Batendo perna em Akihabara

Pachinko
Em seguida, fomos a Shibuya, um bairro repleto de lojas, restaurantes, bares e discotecas.
Fizemos um pit stop na Starbucks para um lanche e aproveitamos para apreciar a visão do famoso cruzamento. Difícil é conseguir um lugar para sentar ali, pois muitas pessoas acabam compram apenas um cafezinho para tomar e querem ficar lá sentados horas a fio mexendo no celular e papeando. Mas vale a pena uma pausa na Starbucks para olhar aquele formigueiro humano atravessando a rua quando o sinal verde abre. 
Shibuya 
Shibuya é um lugar para ser apreciado com calma. É para bater perna sem lenço nem documento, sem preocupação com mapas e com o relógio. Ali você encontra desde as tradicionais Forever 21 e Zara a lojinhas super descoladas. A região é cheia de barezinhos também. Quanto a noite cai o lugar fervilha. Um agito só!


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Tokyo Disneyland

Depois de 12 dias no Japão, meu marido já estava cansado de visitar templos e lojas de departamentos. Então, para dar uma quebrada no ritmo, planejamos uma visita à Tóquio Disneyland.
Botinha da pipoca - não deu para resistir
Antes de embarcar dei uma pesquisada sobre o assunto. Vi preços, me informei como chegar, li opiniões no Trip Advisor, etc. A única dúvida seria em qual dos dois parques ir. Sim, porque além da Disneyland, Tóquio conta com a Disneysea, o único no mundo todo, nem em Orlando tem.

Como chegar
Chegar à Tokyo Disney de trem é muito tranquilo. Partindo da Tokyo Station, você pode pegar a linha JR Keiyo ou JR Musashino. O bilhete custa 210 ienes. Quem possui o Japan Rail Passa pode utilizá-lo nesse trajeto.
Em cerca de 15 minutos você chega à estação Maihama. Se seu destino for a Disneyland, você pode ir a pé mesmo. O trajeto leva uns 5 minutos. Mas se você for à Disneysea, você terá de pegar o monotrilho.


Pode comprar o ticket online?
Apenas residentes no Japão podem comprar tickets online. Para os demais, dá apenas para fazer a reserva online. No dia da visita você se dirige do Ticket Center,efetua o pagamento e pega seus tickets.
Não fizemos reserva online não. Fomos numa terça feira e ficamos uns 20 minutos na fila para comprar o ingresso. Não sei informar se a fila do ticket center seria maior ou menor. Em todo caso, para épocas mais concorridas, como finais de semana, feriados, spring break (meados de março/começo de abril), férias de verão (fim de julho/agosto) e férias de inverno (fim de dezembro/início de janeiro) é aconselhável fazer a reserva para não perder a viagem.


Dá para comprar o ticket com antecedência?
Quem está hospedado nos hotéis da Disney e nos hotéis oficiais podem comprar seus tickets nos próprios hotéis ou no Welcome Center em frente à estação Maihama.
Dá também para comprar por intermédio de agências de viagens japonesas, guichês de tickets da JR (Japan Railway) e lojas de conveniência (7-11, Lawsons). Neste caso, você recebe um voucher que deve ser trocado no dia de sua visita na cabine de venda de tickets.

Quanto custa?
O passaporte de 1 dia para adultos custa 6.200 ienes. Para demais sobre valores  clique aqui.

Como são os preços dentro do parque?
Absurdamente caros. Uma caixinha de pipoca custa cerca de R$ 15,00. Se você quiser comprar algum dos recipientes de carregar no pescoço, o preço pula para R$ 60,00. Eu não consegui resistir e tive de comprar a botinha rosa (foto acima).

Tem fast passa lá também?
Sim, tem. Vale a pena pegar o mais cedo possível para as atrações mais cheias do parque, que são a Space Mountain, Splash Mountain e Monsters ride & go seek.


Veredito final
Confesso que ir a Disney não estava nos meus planos de viagem. Mas gostei tanto que já estamos de viagem marcada para orlando em dezembro de 2013. Para quem já foi à Disney de Orlando, vai frequentemente ou pretende visitá-la em breve, o melhor é ir à DisneySea.





segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Tóquio - parte 1

Iniciamos nosso dia com uma visita a Asakusa. Por muitos séculos, Asakusa ocupou o posto de point do entretenimento em Tóquio. Durante o Período Edo (1603-1867), quando era localizada fora dos limites da cidade, contava com diversos teatros Kabuki. Era lá também que funcionava o bairro da "luz vermelha".
A Kaminarimon é o primeiro de dois grandes portões que levam ao Templo Sensoji. Foi construído a mais de 1000 anos, sendo o símbolo de Asakusa.

Kaminarimon
Passando o Kaminarimon, nos deparamos com uma ruazinha cheia de lojinhas vendendo diversos artigos tradicionais, a Nakamise Dori.

Nakamise Dori
Kaminarimon visto da Nakamise Dori

Após atravessar a Nakamise Dori e cruzar o portão Hozomon, chegamos ao Templo Sensoji. A lenda diz que no ano 628 dois irmãos pescaram a estátua da deusa da misericórdia, Kannon, no rio Sumida e, mesmo que eles tenham devolvido a estátua de volta ao rio, ela sempre retornava para eles. Construiu-se, então, o Templo Sensoji para a deusa Kannon. A construção foi concluída em 645, tornando-o o templo mais antigo de Tóquio.
Seguem algumas fotos desse lindo lugar.








De lá seguimos a pé para visitar a Tokyo Skytree, uma das mais novas atrações de Tóquio.
No meio do caminho passamos pelo prédio da Asahi.

Asahi bulding com a Tokyo Skytree ao fundo
Com uma altura de 634 metros, é a edificação mais alta de todo o Japão, sendo a segunda mais alta do mundo quando da conclusão da obra. A base da torre abriga um shopping center e um aquário.
Você pode escolher se quer visitar somente o Tembo Deck (350 metros) ou chegar até a Tembo Gallery (450 metros). 
Na época em que estava planejando a viagem, a venda de tickets online era permitida apenas para quem possuía cartão de crédito emitido no Japão. Então, tivemos que entrar na fila para comprar os tickets, o que nos tomou uns 30 minutos.




Não tiramos muitas fotos lá do alto porque o dia estava nublado. Além disso, Tóquio não é nenhuma Paris vista de cima. Como a visibilidade não estava boa, preferimos nem comprar o ticket para a Tembo Gallery.
De lá seguimos para o Palácio Imperial, residência da família imperial japonesa.
Em 1968, com a queda do shogunato, a capital do país e a residência imperial foram transferidos de Kyoto para Tóquio. Em 1888 a construção do novo Palácio Imperial foi concluída.
Os prédios do palácio e os jardins internos não são abertos ao público. Uma pena! Somente no dia 23 de dezembro (aniversário do Imperador) e 2 de janeiro os visitantes podem entrar na área interna do palácio e ver os membros da família imperial, que fazem uma aparição pública para os súditos.




Os arredores do Palácio Imperial tem umas construções bem legais.











sábado, 15 de dezembro de 2012

Seoul - parte 2

O dia amanheceu promissor. Nada de chuva ou neve.
Rumamos para o Palácio Gyeongbokgung. Dá para chegar lá de metrô, é só pegar a linha 3 e descer na estação que leva o nome do Palácio (saída nº 5).
O Palácio foi construído em 1395, três anos após a ascensão da dinastia Joseon ao poder. A sede da dinastia mudou, então, de Gaeseong para Seoul.
É considerado o mais majestoso dos cinco palácios de Seoul.
Vamos conferir?






Após a visita ao palácio queríamos visitar a Torre de Seoul para termos uma visão panorâmica da cidade. No entanto, como estava nublado, decidimos visitar a região de Dogdaemun.
Além de abrigar o mercado de Dogdaemun, o bairro conta com um complexo de lojas distribuídas em 5 prédios. São cerca de 5.000 no total, sendo a maioria de roupas. 
Sinceramente falando, não curti muito não. Não tenho paciência para ver tanta loja de uma tacada só.
Podemos resumir nossa estadia em Seoul como frustrante. Não por culpa da cidade, que tem muito a oferecer. Mas o mau tempo simplesmente não nos deixou cumprir boa parte da programação. Talvez seja um bom motivo para retornar e visitar a Ilha Jeju.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Seoul - parte 1

Amanheceu chovendo muito e fazendo um frio de lascar. A neve que se acumulou nos últimos dias começou a derreter, então as ruas ficaram uma lambugem só. Péssimo sinal!
Após tomarmos café na Starbucks que fica numa rua atrás do nosso hotel, seguimos para o Palácio de Changdeokgung.
Para chegar ao Palácio é só pegar a linha 3 do metrô e descer na estação Anguk (saída nº 3).
Construído no ano de de 1405 pelo rei Taejong, terceiro rei da dinastia Joseon, tornou-se a residencial da família real com a destruição do Palácio Gyeongbokgung em 1952, durante a invasão japonesa na Coreia.
O jardim Howon, que fica no fundo do palácio, é considerado um excelente exemplo do design coreano de jardins. Infelizmente, não deu para apreciar as belezas do jardim, pois estava quase todo encoberto pela neve. Além disso, estava super escorregadio. Não deu para ver tudo. Um bom motivo para voltar!
Seguem algumas fotos do Palácio Changdeokgung.

Como o dia estava ruim para passeios, resolvemos voltar e explorar as redondezas do nosso hotel.
O bairro de Myeong Dong fervilha dia e noite, mesmo com chuva e neve. É a melhor área para compras em Seoul. Aqui podemos encontrar desde as populares Forever 21, H&M e Zara até as marcas mais top, localizadas nas lojas de departamento Lotte e Shinsegae, dentre outras. No entanto, os preços de artigos de luxo na Coreia são quase tão caros quanto no Japão. Mesmo com tax free não compensa.
Cabe lembrar que se você comprar um artigo tax free você só irá recebê-lo no aeroporto. Muito cuidado, pois é comum pessoas perderem o voo por não terem tempo suficiente para retirar a mercadoria. Se não resistir, chegue com bastante antecedência ao aeroporto.
As ruas de Myeong Dong também são repletas de barraquinhas vendendo roupas e quitutes. Comi um wrap de frango apimentado e pasta de cebola que estava de lamber os beiços. Para quem não quiser se aventurar na deliciosa culinária coreana tem Outback e Friday's nas redondezas.
De noite fomos ao mercado Gwangjang para nos esbaldarmos nas iguarias coreanas. Decepção! Estava bem vazio e com muitas barracas fechadas. Não sei o porquê, pois li no meu Lonely Planet de Seoul que ele fecha apenas aos domingos.
Entramos em um dos restaurantes do mercado. Nos sentamos. Ninguém falava inglês. "Xii, acho que entramos numa fria", comentei. Não tinha cardápio. Era só aguardar para ver o que ia chegar. Chegou uma gororobinha junto com umas folhas que pareciam de acelga. Tinha um cheiro bem esquisito. Segundo meu marido devia ser testículo de alguma coisa. Rsrsrsrs, até hoje não sei o que era aquilo.
Bem, pelo menos a cerveja estava ótima e bem gelada.