quarta-feira, 31 de julho de 2013

Minha experiência no Renaissance Curaçao Resort & Casino

Quando pensamos num destino de praia geralmente buscamos um hotel pé na areia, numa praia paradisíaca, com uma boa infraestrutura, para podermos desfrutar bons momentos de relax e lazer. 
Em Curaçao, no entanto, essa equação não fecha. As praias mais bonitas de Curaçao não ficam em Willemstad, cidade que concentra o grosso da rede hoteleira da ilha. Assim sendo, outros fatores devem entrar em jogo na hora de fazer a escolha.
No meu caso, optei por ficar em um hotel próximo a bares e restaurantes e bem localizado para explorar as belezas arquitetônicas de Willemstad. 
Depois de ler relatos de viajantes em blogs e opiniões no Trip Advisor, acabei optando pelo Renaissance. Creio que fiz a escolha certa.

Fachada do Renaissance


Lobby do Renaissance Curaçao

Assim que chegamos ao hotel notamos a simpatia dos porteiros e recepcionistas. Fomos recebidos com um boa tarde bem caloroso, daqueles que até parecem um abraço. Recebemos 2 garrafinhas d'água para amenizar o calor e 3 docinhos similares a nossa cocada.
Check in feito, hora de conhecer o quarto.




Apesar de não ser grande, o quarto é confortável. No entanto, meu marido não gostou da cama não, achou o colchão meio mole. Apesar de ter carpete, o quarto não tinha aquele mal cheiro de mofo.
O quarto dispõe de cofre, cafeteira, dock station, tábua e ferro de passar roupa. O secador de cabelo fica escondido no armário, dentro de um saquinho preto. Quase que não percebi.
Gostaria de alertar que o quarto "no view" é sem vista mesmo, dando para a área interna do prédio. Tem apenas um janelão de vidro que não abre. Evite, pois fica difícil secar as roupas.
O banheiro, por sua vez, atendeu minhas expectativas. O único aspecto negativo é que não tinha a ducha higiênica. 






Gostei bastante dos amenities Aveda. Ponto positivo para o Renaissance.



Depois de conhecermos o quarto, descemos para desbravar a praia do hotel.




Gostaram, né? Tudo fake. Mas a praia do Renaissance não desaponta não. A água vem do mar e é aquecida pela energia dissipada pelo sistema de ar condicionado. Uma delícia, depois que você entra não quer sair.
Para esperar o pôr do sol nada melhor que uns drinks. Mas não espere ser atendido por algum garçon. Eles raramente circulam por ali. 


Para os que gostam de se aventurar pelos cassinos, o Renaissance conta com um. Não é muito grande, mas creio que, para aqueles que curtem, dá pra se divertir um pouco.
Lá dentro é proibido tirar fotos, mas do lado de fora acho que pode, rsrs. Como não sou fã de cheiro de cigarro dei só uma circulada básica. Aliás, por falar em cigarro, apesar de ser proibido fumar dentro do hotel, com exceção do cassino e área da piscina, o cheiro de fumo é onipresente nas áreas comuns. Até no corredor do terceiro andar eu conseguia sentir o cheiro.



Não posso opinar sobre o restaurante do hotel, pois não experimentamos.
Apesar de ter gostado do hotel, vou destacar 4 pontos negativos:
1 - o alarme de incêndio tocou na primeira noite sem parar. Pensando se tratar de alguma simulação, desci de roupão mesmo pro lobby. Eles demoraram para contornar a situação, pediram desculpas e informaram que se tratou de defeito no sistema de alarme. No dia seguinte ocorreu de novo, só que mais cedo, e não me acordou;
2 - as bandejas com os pratos e restos de comida ficavam nos corredores por um longo período;
3 - as camareiras não repunham o estoque de café solúvel;
4 - serviço desatento na área da piscina;
5 - wi-fi gratuito apenas no lobby e no Starbucks.
Bem, essas foram minhas impressões. Apesar das falhas, creio que ficarei novamente no Renaissance na minha próxima visita a Cuaração.


terça-feira, 30 de julho de 2013

Por que Curaçao?

A escolha de um destino no Caribe não é tarefa fácil. Depois de pesquisar em diversos blogs confesso que acabei ficando com mais dúvidas ainda, pois cada post que lia me deixava com vontade de me teletransportar no mesmo instante.

Punda

Como tinha 10 dias disponíveis para passar no Caribe, achei a ideia de associar duas ilhas na mesma viagem bastante interessante. No Viaje na Viagem tem um post bem elucidativo falando sobre as ilhas que podem ser visitadas na mesma viagem. Para acessá-lo, clique aqui.
Considerando que já tinha optado por Curaçao, Aruba acabou entrando, então, no meu roteiro de viagem. O casamento das duas ilhas na mesma viagem foi perfeito. Primeiro, porque julho é época seca em ambas as ilhas. Segundo, as ilhas são bem próximas, e o voo entre elas dura menos de 30 minutos. A Dae e a Insel Air operam vários voos diários entre ambas.
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Dudu se divertindo no playgound

Dividi os dias de forma igualitária entre as duas ilhas, 5 para Aruba e 5 para Curaçao. No entanto, depois da experiência, confesso que acabei sendo injusta com Curaçao, pois a ilha é bem mais interessante e tem muito mais coisas a oferecer do que podemos imaginar.
Mas por que escolher Curaçao?
1 - Pela beleza de suas praias
Ok, todo mundo já deve ter ouvido falar das belezas das praias de Curaçao, estou apenas repetindo o óbvio. Mas, ao vivo e a cores, são surpreendentemente belas. Chegar a Kenepa Grandi e olhar aquele mar azul turquesa lá do alto não tem preço. O mar é tão transparente que passa a impressão de estarmos numa piscina de água mineral. 

Cas Abao

2 - Pela beleza arquitetônica de Willemstad
A capital de Curaçao é cheia de tesouros escondidos. Aqueles que se dispõem a encarar o forte calor e caminhar por suas ruas vão ser fortemente recompensados. E não pense que a beleza arquitetônica está resumida aos prédios coloridos de Punda que margeiam a Baía de Santa Anna. Otrobanda, Scharloo e Pietermaai também estão cheias de atrações.

Ministério Público

3 - Pela simpatia da população
Talvez esse seja um ponto contraditório e muitos podem até discordar. Durante meus preparativos li em alguns blogs pessoas comentando sobre a maneira fria e rude com que foram atendidas em alguns lugares. Como estou aqui para narrar minha experiência em Curaçao, tenho que discordar. Encontrei pessoas simpáticas, sorridentes e solicitas. Não foram poucas as vezes que fui chamada de Dushi (querida, doce). E não era cantada não, foram as mulheres mesmo. Também não foi lábia de vendedora querendo me vender a loja inteira. Ouvi isso da balconista da farmácia, caixa do Mc Donalds, tiazinha da limpeza do banheiro do aeroporto, etc.

Curaçao é Dushi!

4 - Pelo fato de a ilha ainda não ter entrado na rota do turismo de massa
Tudo bem que quando os navios de cruzeiros estão na cidade Punda e a região do Rif Fort parecem virar território estrangeiro. No entanto, depois da partida dos navios, tudo volta ao normal. Gostei bastante do fato de ir às praias e ter contato com a população local, de ver que as belezas não são apenas gozadas pelos turistas. É uma delícia chegar perto dos locais e ouvi-los conversando em papiamento.

Kenepa Grandi

Esses foram, para mim, os motivos mais óbvios. Mas devem ter muitos outros. Saí de lá com a sensação de que 5 dias foi pouco tempo, que não deu para ver tudo. A única certeza que tenho é de que quero voltar!
Em breve farei outros posts falando sobre os preparativos da viagem, as praias e uma sugestão de passeio a pé para conhecer as belezas de Otrobanda, Punda, Scharloo e Pietermaai.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Aruba: uma visita à fazenda de borboletas

Não há dúvidas que o grande atrativo de Aruba são suas praias de águas cristalinas e calminhas. No entanto, para quem estiver cansado do trio, sol, mar e areia, uma boa pedida, especialmente para quem está viajando com crianças, é visitar a fazenda de borboletas.

Butterfly Farm

Apesar de ser possível visitar a fazenda por conta própria, o ideal é acompanhar uma visita guiada, pois o guia explica detalhes do ciclo de viada das borboletas. É um passeio que não demanda muito tempo, em 30-45 minutos dá fazer a visita guiada e tirar fotos.
O jardim tropical conta com espécies de várias partes do mundo, numa tentativa de adaptá-lo ao habitat natural desses belos e frágeis insetos. Logo na entrada nos deparamos com um pequeno lago cheio de carpas.

Lago com peixes

Dudu na fazenda de borboletas

Achei o valor do ingresso (US$ 15) bastante salgado para o que oferece. O valor da visita guiada está incluso. Cabe destacar que, uma vez adquirido o ingresso, é possível visitar outra (s) vez (es) a fazenda durante sua estada em Aruba. Aí você pode perguntar o porquê de visitar novamente a fazenda de borboletas. Eu explico.

Descanso das borboletas

Durante a visita guiada fiquei sabendo que é no começo da manhã que as borboletas saem dos casulos, sendo possível acompanhar todo o processo. No período da manhã, também, as borboletas estão mais ativas. Por outro lado, como elas estão mais inquietas, fica mais difícil fotografá-las. Portanto, o ideal seria uma visita no começo da manhã e outra no meio da tarde.

Casulos

Como deixei a visita para meu último dia em Aruba, fiquei apenas com a visita no período vespertino.
Algumas curiosidades:
1) Cores estão relacionadas à presença de veneno. Assim sendo, lagartas coloridas são venenosas;
2) Algumas borboletas se alimentam de frutas oxidadas, o que as deixam "bêbadas". São mais ativas, sendo mais difícil fotografá-las. Se você encontrar aquela borboleta azul linda e estiver com dificuldades em clicá-la, lembre-se: ela está bêbada;
3) Borboletas tem hábitos diurnos, ao passo que mariposas são insetos noturnos;
4) As borboletas tem vida curta. Algumas vivem apenas algumas semanas, ao passo que algumas espécies podem alcançar 10 meses de vida;
5) Quando deixa seu casulo, a borboleta já é um animal adulto, completo.





Ai final do passeio pode-se visitar a lojinha da fazenda, cheia de artigos fofos cujo tema é....borboletas.


As fotos não ficaram muito boas, pois foram tiradas com a câmera do celular. Sorry!
Para acessar o site da Butterfly Farm, clique aqui.

Informações úteis:
 - Endereço: em Palm Beach, em frente ao hotel Aruba Phoenix;
 - Horário de funcionamento: diariamente, das 9:00 às 16:30. Vale lembrar que o último tour tem início às 16:00;
- Valor: US$ 15.00 por adulto. Cartões de crédito são aceitos (Master e Visa);
Para mais informações, clique aqui.

Dica: 
Use roupas claras e borrife fragrâncias cítricas se você quiser que as borboletas pousem em você!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Encontro das águas dos rios Negro e Solimões

Um passeio imperdível para os que visitam Manaus é o encontro das águas dos rios Negro e Solimões. Li em alguns blogs sobre pessoas que fecharam o passeio diretamente com um barqueiro ao invés de optarem pelos oferecidos por agências de viagem. No entanto, o bichinho da dúvida começou a rondar minha cabeça, e mil perguntas surgiram: "e se o barco não for confortável?", "e se não estiver com a manutenção em dia?", "será que vai ter coletes?", etc.

Embarcação no Porto de Manaus

Acabei optando por contratar o passeio com uma agência. Após breve pesquisa, fechei com a Amazon Manaus Tours. O valor para três pessoas, sendo 2 adultos e 1 criança, foi de R$ 398,00, incluindo traslado de/para o hotel e almoço sem bebidas em restaurante flutuante.
A reserva foi feita por e-mail mesmo e o pagamento efetuado em espécie no dia do passeio.
No dia do passeio, na hora combinada, o Paulo, nosso guia, passou no nosso hotel para nos buscar. Fizemos uma parada de 20 minutos na agência, com sede no Hotel Brasil, onde pudemos efetuar o pagamento do passeio. De lá seguimos até o Porto de Manaus, nosso ponto de partida.
Nosso grupo era formado por apenas 7 pessoas, o que não atrapalhou a dinâmica do passeio, pois o meu maior receio em passeios em grupo são aqueles atrasadinhos que sempre deixam os demais esperando.
Como o nosso barco ainda não estava pronto para partida, aproveitei para dar uma bisbilhotada nos arredores, e, claro, checar o andamento das obras do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, previsto para ser reaberto em 24 de outubro de 2013, data do aniversário da cidade.

Mercado Municipal Adolpho Lisboa

Mercado Municipal Adolpho Lisboa

Pelo que vi acho que os manauaras vão ter mais um motivo para comemorar o aniversário da sua cidade. A obra tá ficando bem bacana. É um prédio realmente muito bonito.
De volta ao Porto, hora de embarcarmos rumo a mais uma aventura. Nosso barco era uma voadeira em bom estado de conservação. Também gostei do estado dos colotes, não estavam com aquele cheirinho ruim de coisa podre.

Dudu pronto para a partida

Aos poucos a Ponte Rio Negro foi ficando para trás. A título de curiosidade, a Ponte Rio Negro é a maior ponte estaiada em águas fluviais do Brasil e a segunda do mundo, tendo custado mais de 1 bilhão de reais.

Ponte Rio Negro

Enquanto nossa voadeira corta o rio Negro rumo ao Solimões, algumas dezenas de postos de combustível pontilham a paisagem.

Posto de combustível no rio Negro

De repente, chegamos ao local onde os rios Negro e Solimões se encontram. O barqueiro vai mais devagarinho e pudemos por a mão na água para sentir a diferença de temperatura das águas. O rio Solimões é mais frio que o Negro, pois sua água é mais clara, absorvendo menor quantidade de radiação solar.
É incrível visualizar como a água dos rios realmente não se misturam. Nosso guia explicou que isso se deve às diferentes temperaturas, densidades e velocidades  das águas dos rios. 

Encontro das águas dos rios Negro e Solimões

Encontro das águas dos rios Negro e Solimões

Em seguida, visitamos uma comunidade ribeirinha. Não teve como não me lembrar da minha viagem à Tailândia em 2009.

Comunidade ribeirinha

Comunidade ribeirinha

Fizemos uma paradinha rápida em uma das casas, mix de bar flutuante, lojinha de souvenir e cativeiro de pirarucu. É oferecido aos turistas a oportunidade de pescar o peixe. O valor para duas tentativas é de R$ 5,00.
É lógico que o Dudu encasquetou que queria pescar o tal peixe.

Pirarucu

No entanto, fui informada que os peixes pesavam entre 150 e 200 quilos. Seria mais fácil eles pescarem o Dudu que o contrário. Como já tinha pago mesmo, tomei as rédeas da situação, ou melhor, a vara. É bom tomar cuidado, pois o pirarucu, quando consegue pegar a isca, dá um tranco bem forte. Acabei ralando levemente meu braço.

Eu em ação

De lá seguimos rumo ao Parque Ecológico de Januari, onde iríamos visualizar as vitórias-régias. No meio do caminho fomos brindados com belas paisagens.





Mais uma parada no meio do caminho, desta vez numa casinha perdida no meio do nada. Aqui tivemos a oportunidade de tirar fotos segurando uma jiboia e um bicho preguiça. Também pudemos ver uma sucuri em um tanque.
É lógico que o Dudu quis tirar fotos com os bichanos.

Dudu e o bicho preguiça

Dudu e a jiboia

Em seguida, fomos ver as tão esperadas vitórias-régias.

A trilha

Vitórias-Régias

Flor da Vitória-Régia

A fome já estava apertando, ainda bem que o almoço já estava pronto à nossa espera. Almoçamos no restaurante flutuante Valdecy. A refeição é em sistema de buffet. Estava com tanta fome que achei a comida bem razoável, com exceção dos peixes fritos, pois eles ficam no rechaud e acabam perdendo a crocância. Não perca a oportunidade de tomar o guaraná Baré, um clássico local.

Restaurante Valdecy

Depois do almoço tivemos tempo livre para visitar a loja de artesanato. Eu, como boa apreciadora, arrematei um vaso de arara, uma cobra de madeira pro Dudu, uma máscara indígena e diversas pulseirinhas. Vale a pena pechinchar, pois eles acabam baixando um pouco os preços.

Loja de artesanato

Artesanato 

Em seguida, novamente embarcados, adentramos a floresta alagada. Não tem como não ficar encantado com a beleza exuberante da vegetação. 

Mata de várzea

Mata de várzea

Tronco da samaúma

Hora de voltar para o hotel. O encontro das águas dos rios Negro e Solimões é um passeio que vale a pena. E o Dudu vai voltar das férias com um monte de estórias pra contar.

Informações úteis
Passeio: Encontro das águas
Empresa: Amazon Manaus Tours. Para acessar o site, clique aqui.
Duração: cerca de 5 horas
Valor por adulto: R$ 149,00.
O que está incluso no valor? Transfer de/para o hotel, passeio e almoço sem bebidas.