quinta-feira, 13 de junho de 2013

Praga - um passeio pelo Distrito do Castelo de Praga (Hradčany)

Como nos hospedamos aos pés do Castelo de Praga, decidimos começar nossa visita pela parte da cidade conhecida como Hradčany, ou seja, Distrito do Castelo de Praga.

Hradčany by night
Situado na margem esquerda do rio Vltava, o Distrito do Castelo tem como grandes atrações o Castelo de Praga e a Catedral de São Vito.
Começamos nosso passeio pela Hradcanské námestí, ou seja, Praça do Castelo. A maioria das pessoas que visitam Praga negligenciam esta bela praça e vão direto para o Castelo, o que é um pecado, pois a mesma é circundada por belíssimos prédios que merecem a atenção do turista.
Da Praça do Castelo temos essa bela vista da cidade.

Vista de Praga da Praça do Castelo

Bem no centro da praça localiza-se a Mary Column, monumento erguido para celebrar o fim do surto de peste bubônica em 1.714.

Mary Column ao centro

Um dos prédios mais bonitos da praça é o Palácio do Arcebispo, com fachada em estilo rococó. Bem no centro da fachada destaca-se  um enorme brasão.

Palácio do Arcebispo ao fundo

Brasão do Palácio do Arcebispo
Ao fundo da Praça ergue-se o Palácio Toscano. Em estilo barroco, o palácio leva esse nome em homenagem a Gian Gastone de Médici, o Grão-duque da Toscana.

Palácio Torcana

Depois de explorarmos a Praça do Castelo e seu entorno, iniciamos nossa visita ao Castelo de Praga, a maior atração da cidade.

Entrada do Castelo de Praga
De acordo com pesquisas arqueológicas e manuscritos antigos, acredita-se que o Castelo de Praga foi fundado por volta do ano 880 pelo Princípe Borijov. Antigamente habitado pelos reis da Boêmia, hoje funciona como residência presidencial.
O Palácio abriga várias outras atrações,  mas a principal é a majestosa catedral São Vito, maior e mais importante igreja da cidade.
Em estilo gótico, a Catedral de São Vito começou a ser construída em 1344, sob o comando do Rei da Boêmia Carlos IV. A construção foi finalmente finalizada em 1929, exatos mil anos após a morte de São Venceslau, padroeiro da República Tcheca.
Se por fora ela impressiona, por dentro é mais linda ainda.

Catedral de São Vito

Catedral de São Vito

Catedral de São Vito
Catedral de São Vito

O Castelo abriga também a Basílica de São Jorge, igreja mais antiga de Praga, cuja construção remonta ao ano de 920.

Basílica de São Jorge ao fundo

As vistas de Praga do alto do Hradčany são de tirar o fôlego. Praga é realmente uma cidade fotogênica. Não se enganem com o sol, pois estava fazendo muito frio, menos de 1ºC.








Para informações sobre como chegar, clique aqui. Para saber valores e tipos de ingresso, clique aqui.

sábado, 8 de junho de 2013

O mercado de Natal de Dresden

Conhecer Dresden nunca esteve na minha lista de prioridades. No entanto, durante o planejamento da nossa viagem ao leste europeu fiquei encantada com a beleza dos mercados de Natal alemães. Comecei a pesquisar a acabei descobrindo que o mercado de Natal de Dresden é o mais antigo da Alemanha e um dos mais belos de todo país.

Mercado de Natal de Dresden de dia

Nosso roteiro inicial não incluía a Alemanha. Pretendíamos visitar Hungria, República Tcheca e Polônia. Entretanto, estudando melhor o mapa da Europa verificamos que Dresden ficava bem próxima à fronteira tcheca. Assim sendo, acabamos incluindo a cidade no nosso roteiro, entre o trajeto de Viena a Praga.
A história do Striezelmarket (mercado de Natal de Dresden) remonta a 1434, e seu nome é um derivado de Hefestriezel, um doce que mais tarde ficou conhecido como Dresden Christstollen (bolo de Natal alemão).


Decoração de uma das barracas de Glühwien
O mercado de Natal de Dresden acontece na parte histórica da cidade, entre a Frauenkirche e a rua Münzgasse. Como nos hospedamos no Holliday Inn Express Dresden City Centre, praticamente tínhamos o mercado a nossos pés.

Vista do nosso quarto no hotel Holliday Inn Express Dresden City Centre
É uma delícia andar pelo mercado. Lá é possível encontrar artigos de decoração de natal, brinquedos de madeira, roupas de frio e bijuterias. Mas o que mais chama a atenção mesmo são as iguarias. Sem falar que é uma delícia tomar vinho quente no inverno. A decoração das barraquinhas é um atrativo a parte. 

Striezelmarket

Carrossel no Striezelmarket

Striezelmarket ao cair da noite

Striezelmarket
Além desse mercado de Natal encontramos vários outros espalhados pela cidade. O clima natalino definitivamente havia tomado conta de Dresden.





No entanto, Dresden não é famosa apenas pelo título de cidade com o mercado de Natal mais antigo da Alemanha. Conhecida como a Florença do Elba, em virtude da conjugação de sua bela arquitetura e belezas naturais, a cidade exala cultura.
O objetivo maior da nossa visita era conhecer o Striezelmarket. Não planejamos visita a museus, óperas ou palácios. Nosso único plano era simplesmente sair desbravando a cidade sem roteiro pré-estabelecido. Seria o nosso descanso dos lerês de Paris, Budapeste, Viena e Praga.
Apesar de Dresden ser maior que Munique, suas grandes atrações estão concentradas no Altstadt, sendo facilmente alcançadas a pé.
Seguem algumas fotos tiradas no nosso passeio a pé pela cidade.

Frauenkirche

Verkehrsmuseum (Museu do Transporte)

Residenzschloss (Palácio Real)

Albertinum

Ponte Augustus 

Prédio da Universidade de Tecnologia

Albertinum

Albertinum

Bem, gostaria de fazer apenas um alerta para aqueles que forem visitar o Striezelmarket. O mercado fica superlotado. Na nossa primeira noite em Dresden, compramos umas comidinhas em uma das barraquinhas e paramos em um cantinho para comermos. Nesse momento de distração conseguiram abrir minha bolsa e surrupiar minha carteira. Até tentei ir ao furgão da polícia que estava estacionado em uma das extremidades do mercado, mas nenhum dos policiais conseguiu me entender. Sorte que só tinha um dos meus cartões de crédito e alguns euros.
Ah, é bom saber o básico de alemão, pois, pela minha experiência, tive a impressão que poucas pessoas falam inglês na cidade. 


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Osaka - Parte 1

Madrugamos (maldito fuso horário). Mesmo cansados da viagem, saímos para dar uma corridinha básica de 6 km pelas proximidades do hotel. Eram ainda 5 da manhã. Ruas vazias. Cruzamos apenas com algumas pessoas pelo caminho. Uma sensação de que eu pertencia àquele lugar tomou conta de mim.

Osakajo
Sempre me identifiquei muito com o Japão e com a cultura japonesa. Quando estudava na UnB comecei a fazer a disciplina língua japonesa como disciplina optativa. Entretanto, tive que abandonar, pois o tempo ficou escasso e eu estava fazendo duas faculdades paralelamente.
Mas a paixão pelo país nunca diminuiu. Ficou adormecida por um tempo, é verdade. O tempo passou, mudei de cidade. Mas em 2008 a vontade de conhecer o país voltou a bater em minha porta. 
Sempre tive vontade de conhecer o mundo todo. Não há país para o qual eu torça o nariz. Mas de todos os lugares que eu ainda não conhecia, o Japão ocupava o topo da lista.
Não queria ir para lá de qualquer jeito. Por isso, acabei adiando a viagem para a terra do sol nascente várias vezes e outros destinos foram passando na frente. Minha paixão pelo Japão era antiga, eu simplesmente não poderia chegar lá de qualquer jeito. Teria que ser a viagem perfeita.
Voltei para o curso de japonês, comprei um monte de livros de hiragana, katakana, kanji. Mergulhei nos guias Lonely Planet e Eyewitness, decorei nomes de estação, enchi o saco do marido. E sonhei até não poder mais. Esse é o melhor lado de planejar as viagens por conta própria, pois você acaba antecipando os bons momentos e prolongando a viagem por mais tempo.
Em 2012 decidi que minha ida ao Japão não poderia mais ser adiada. Conseguimos juntar 300.000 milhas no smiles e emitimos Cuiabá - Osaka e Tokyo - Guarulhos na executiva. Pronto, a viagem dos senhos estava prestes a se concretizar.
Bem, após essa breve introdução do porquê de ir ao Japão é hora de voltar ao passeio.
A primeira atração do dia foi o Castelo de Osaka (Osakajo). Fomos de metrô. A estação mais próxima -Morinomya - fica próxima ao castelo. Caminhando um pouco ao sair da estação chegamos a esse belo jardim.

A caminho do Castelo de Osaka

A entrada, incluindo a subida à torre do castelo, custou 600 ienes.
Minha vontade era encontrar os jardins repletos de árvores com as folhas vermelhas características do outono. No entanto, como em 2012 o frio chegou mais cedo, as árvores já estavam quase sem folhagem. Uma pena!

Herança budista

Um resumo da conturbada história do Osakajo
O castelo de Osaka simboliza o poder e a fortuna de Hideyoshi Toyotomi. Com a morte de Nobunaga Oda em 1582 em uma batalha no templo Honnoji, Hideyoshi Toyotomi sucedeu seu mestre e iniciou a construção do castelo em 1583. Em 1585 a torre principal do castelo ficou pronta.
Com a morte de Hideyoshi Toyotomi, em 1598, seu filho, Hideyori Toyotomi, muda-se para o Castelo de Osaka.
Em 1600 irrompe a Guerra de Sekigahara, na qual Tokugawa Ieyasu derrotou o exército de Hideyori.  Em 1614 Tokugawa Ieyasu atacou o Osakajo, destruindo-o parcialmente.
Em 1620, Tokugawa Hidetada iniciou a reconstrução do Castelo de Osaka, a qual foi finalizada em 1629.
Em 1665 a torre principal do Osakajo foi atingida por raios, o que ocasionou um incêndio que a destruiu.
Em 1868, o castelo foi quase todo destruído durante a Batalha de Boshin, travada entre o Exército do Novo Governo e o Exército do Shogunato Tokugawa.
Em 1931 a torre principal foi reconstruída.
Em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, um ataque norte-americano destruiu novamente parte do castelo.
Em 1995 foi aprovado um novo projeto de restauração, o qual foi finalizado em 1997.
Você pode me perguntar qual o porquê das datas e dos acontecimentos históricos. Bem, acho que todo mundo tem uma imagem na cabeça relacionada a algum lugar. Quando eu pensava em Japão a primeira coisa que vinha na minha cabeça era o Osakajo, talvez pelo fato de um dos meus álbuns de infância ter a foto do castelo adornado de cerejeiras estampada na capa. Então busquei saber um pouquinho mais sobre o castelo e coloquei as informações no meu roteiro do dia, que estou utilizando agora para fazer este post.

Osakajo

Osakajo por outro ângulo

E o outono se despede

Vista de Osaka

Templo

Vista de Osaka

Após visitarmos a torre principal , comemos uns bolinhos de polvo numa das barriquinhas em frente ao Castelo para tapear a fome. Yummy!!! Muito bom! Não dá para ir ao Japão e não experimentar esses bolinhos.
Em seguida fomos ao Umeda Sky Building para vistar o observatório que fica no topo do mesmo. A partir da estação de metrô Umeda anda-se um pouquinho até chegar lá. Nada que um GPS não resolva.
A entrada para o observatório custa 700 ienes, podendo ser paga com cartão de crédito. Para mais informações, clique aqui.

Umeda Sky Building

Do alto do prédio tem-se uma vista maravilhosa de Osaka. Aqui também não encontramos filas nem multidões. Pelo contrário. Estava bem vazio, com no máximo uns dez visitantes.
Lá em cima tem uma cafeteria e uma lojinha de souvenirs. Vale apena fazer uma pausa para tomar um café ou sorvete apreciando a vista.

Osaka vista do alto

Maridón no Umeda Sky Building

Vista de Osaka
Em seguida fomos ao Hep 5 (Hankyu Entertainment Park), um shopping center que abriga o parque da Sega. Como ainda estávamos meio cansados da viagem, não visitamos o tal parque. 
Apenas demos uma voltinha para explorar o shopping e voltamos para o hotel.
Sem muita criatividade  para procurar um lugar diferente para jantar, optamos por repetir a dose no 511 horai.