quarta-feira, 18 de julho de 2012

Balanço de Marrakesh

Marrakesh é, sem dúvida alguma, uma cidade incrível. Mas o Marrocos tem muitos outros lugares bacanas que merecem ser conhecidos, como Essaouira, Meknes, Fez, Agadir, entre outros. Voltarei ao Marrocos com certeza. Como ficamos 4 dias em Marrakesh, não sei voltarei lá na minha próxima viagem ao país.
Seguem nossas impressões


Top 5 Marrakesh
1  - Ficar hospedado em um Riad;
2 - Visitar o Jardin Majorelle;
3 - Fazer uma exfoliação seguida de massagem em um hamman;
4 - Sentar no terraço de um café da Praça Jema el Fna, olhar o movimento e, quando a noite cair, se aventurar em uma das inúmeras barraquinhas de comida;
5 - Deliciar-se com um banquete à moda marroquina.

Rola mulher ir sozinha a Marrakesh?
Marrakesh não é o destino ideal para as viajantes solitárias. Mesmo com outras amigas não achamos aconselhável. Vimos em muitas ocasiões as turistas serem abordadas de maneira mais incisiva por locais apenas por serem mulheres. No verão, então, que as europeias abusavam dos shortinhos a testosterona dos locais devia ir a mil. Rsrs.

O que evitar em Marrakesh?
Se você não estiver disposto a pagar por isso, evite tirar fotos dos encantadores de serpentes, vendedores de água e afins. Eles vão ficar torrando a paciência até que você pague a quantia que eles entenderem devido.
Se você estiver perdido, não aparente. E se alguém se oferecer para te levar a algum lugar, recuse. Eles vão cobrar por isso depois.

Compensa alugar carro em Marrakesh?
Se você desembarcar no aeroporto de Marrakesh e não for sair da cidade talvez não compense. Mas se quiser visitar outras cidades próximas vale muito a pena sim. O valor do aluguel lá é meio salgado, e olha que pesquisamos bastante os preços antes de reservar com a National. Pagamos R$ 725,00 por um modelo básico com ar condicionado por 4 dias. Mas, na nossa opinião, valeu muito a pena, pois pudemos explorar bem a cidade nova. Além de que era um bálsamo entrar no carro e ligar o ar condicionado no máximo naquele calorão. Pelo que vimos lá, a maioria dos táxis eram bem velhinhos.

Como abastecer o carro na estrada de Casablanca-Marrakesh?
Igual aqui no Brasil. É só parar o carro, dizer pro frentista o tipo e quantidade de combustível, abastecer, pagar e ir embora.

Quando ir a Marrakesh?
Para nós, que quase derretemos no calorão de julho, recomendamos evitar os meses de verão, apesar de serem os únicos em que as chances de chuva são mínimas. Tava tão quente que até o termômetro ficou maluco.

Que roupa levar?
Fomos no verão, então levamos roupas bem leves. Mas nada muito curto. Mas as turistas europeias andavam sempre de shorts e regata. Eles já estão acostumados com trajes mais espartanos. No entanto, nada melhor que ser discreto.

E as compras nos souks?
Não posso ajudar muito neste aspecto, pois como esse lance de ficar negociando horas a fio e pechinchando me tira do sério. Vi muitas coisas bem legais nos arredores da praça Jema el Fna, mas muita tranqueira também.
No Emsemble Artisanal, os preços são tabelados. Não tem aquele assédio de vendedores querendo te empurrar algo a qualquer custo. Mas também não tem a variedade dos souks.
Uma boa estratégia é ir lá primeiro, olhar os preços e depois dar uma volta nos souks já com alguma noção de valores.
O que achei mais legal foram uns tecidos lindos numas lojinhas perto do Bahia Palace. Deu vontade de trazer um monte.





terça-feira, 17 de julho de 2012

As belezas de Marrakesh


El Badi Palace
O que podemos ver hoje do El Badi são apenas os restos do que um dia foi um magnifico palácio construído por ordem do Sultão Ahmed el-Mansour no século XVI, ricamente decorado com mármore italiano e ouro trazido do Sudão.
O mesmo foi praticamente destruído no século XVII pelo Sultão Moulay Ismal, que surrupiou o material utilizado no El Badi para decorar seu próprio palácio em Meknes.
É uma pena, pois o que sobrou dá ideia da grandiosidade do El Badi palace.
Não consideramos o El Badi uma visita indispensável. Só vale a pena pra quem estiver com bastante tempo sobrando.
Não me lembro exatamente o valor do ingresso, mas era bem barato. Logo na entrada tem uns guias se oferecendo para fazer um tour guiado. Alguns tentam ir te seguindo, meio no esquema se colar, colou.
Seguem algumas fotos do local.



Bahia Palace
Bem mais interessante que o anterior, o Bahia Palace (The beautiful) foi construído no século XIX em duas fases. A primeira parte do palácio foi construída pelo Grão Vizir Si Moussa entre 1859 e 1873. A segunda parte ficou a cargo do filho de Si Moussa, Abu Ahmed, e ocorreu entre 1894 e 1908.
O bahia serviu de residência para as 4 esposas e 24 concubinas de Abu Ahmed.
Após a morte de Abu Ahmed, suas mulheres e seus inimigos se encarregaram de saquear o palácio.
Apenas uma parte do palácio está aberta a visitação. Apesar de não estarem mobiliados, os ambientes dão ideia da opulência do Bahia.
Seguem algumas fotos do Bahia Palace.






Koutoubia
É do minarete da mesquita Koutoubia que parte, cinco vezes ao dia, o chamado para as orações que invadem a medina. Allah Akbar, Allah Akbar, Allar Akbar, Allar Akbar.


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Place Jema el Fna - aqui pulsa o coração de Marrakesh


A principal praça de Marrakesh é um teatro a céu aberto. Só mesmo aqui você vai encontrar, em apenas um único lugar, encantadores de serpente, vendedores de água em roupas coloridíssimas, carruagens levando turistas para cima e pra baixo, dançarinas, barraquinhas vendendo o melhor suco de laranja que já provei na vida, motocicletas indo e vindo em todas as direções, turistas e mais turistas.
Mas é quando a noite cai que tudo começa a ficar, digamos, bem mais interessante. O cheiro de comida vindo das barracas é tentador. São várias barracas, vai ser difícil escolher uma. Quem tiver muitas frescuras é melhor se abster da experiência. Higiene não é muito o forte do lugar. O mesmo carinha te entrega o cardápio, prepara a comida, recebe o dinheiro, entrega o troco e dá uma coçadinha na cabeça. Prefiro fingir que nem vi. 
Não lembro o nome da barraca em que comemos em uma das noites (sequer sei se a mesma tinha um nome). 
É bem interessante sentar numa das barracas e observar o vai-e-vem das pessoas. 
Seguem algumas fotos.







Só mesmo indo lá para ver.

Jardin Majorelle

Um pouquinho sobre a história do Jardin Majorelle


Tudo começou em 1923, quando o pintor francês Jacques Majorelle comprou um terreno de cerca de 1.6 hectares, onde construiu uma cada em estilo mourisco, seguida de ateliers em um prédio de estilo bérbere com uma torre de adobe. É nesse local que Majorelle, um apaixonado por botânica, concebeu um maravilhoso jardim, sua verdadeira grande obra de arte: o Jardin Majorelle.
Em 1947, o jardim é aberto ao público. Ao fim de sua vida, após perder parte do jardim em virtude de um divórcio, Jacques Majorelle é obrigado  a vender o que lhe restou por problemas financeiros acarretados pelas diversas cirurgias a que se submeteu sua nova companheira após um acidente automobilístico. O jardim, então, cai no abandono.
Em 1980, Yves Saint Laurent e Pierre Bergé compram o Jardim Majorelle e o salvam da construção de  um hotel, o que significaria o completo desaparecimento do mesmo.
O atelier de Majorelle é transformado em um museu berbere aberto ao público, no qual as coleções pessoais de YSL e Pierre Bergé estão expostas.

Nossa visita
Chegamos por volta das 10:00 ao jardim. Durante o verão, é melhor chegar cedo, pois a tarde o calor é insuportável.
O jardim não possui estacionamento próprio, mas não tivemos problemas em estacionar nas proximidades. Lá também tem flanelinhas que pedem para vigiar o carro. Quando descemos, ele não falou em valores. Na volta, demos 10 dirhams, e parece que ele ficou satisfeito.
Após comprar nossos tickets (50 dirhams), é hora de visitar o jardim. Não compramos o ticket para visitar o museu. O pagamento tinha que ser feito em espécie. Não me lembro se aceitavam euros.


Gente, que lugar mais lindo é esse!!! Não tem como não tirar muitas fotos. Seguem algumas.
                                  








O jardim dispõe de uma lojinha, café e banheiros. Não me lembro bem dois preços da loja, mas meu marido comprou uma carteira de couro, bem compacta, por 100 dirhams.
Achamos o Jardim Majorelle o lugar mais legal que visitamos em Marrakesh. O jardim é muito lindo e bem cuidado. O projeto de irrigação é incrível, é quase imperceptível, não interferindo em nada no paisagismo.
Adoramos a visita. Vale a pena ir ao Majorelle para fugir um pouco do caos da Medina.

domingo, 15 de julho de 2012

Comendo como rei em Marrakesh


Conhecemos o restaurante Le Tanjia por indicação de Samir, do Riad Dar Anika. Como estávamos cansados do voo Roma-Casablanca e da estrada até Marrakesh, queríamos comer em um bom restaurante que desse para a ir a pé do hotel.
Não fizemos reserva. Mas como chegamos relativamente cedo, ainda tinham mesas vazias. Mas logo em seguida a casa lotou.
O restaurante conta com um ambiente refrigerado em um terraço com vista para a medina. Como queríamos  ver o vai e vêm da cidade, ficamos com a segunda opção. Ressaltamos que no terraço não é proibido fumar, o que pode acabar sendo desagradável.
De entrada, pedimos essas mini-porções abaixo, que vem acompanhadas de pão sírio. Uma melhor que a outra. De comer rezando. 
Em seguida, veio o prato principal. Pedi cuscuz marroquino vegetariano. Tava uma delícia. O prato é gigante, só consegui comer a metade. Infelizmente, não tirei foto do prato do marido, cuscuz de carneiro. Ele amou.
Não tiramos fotos do restaurante. As fotos a seguir foram tiradas do blog do mesmo. Para acessá-lo, clique aqui.






Nossa avaliação: adoramos o restaurante e o recomendamos fortemente. O ambiente é charmoso e a comida muito boa. 
Apesar de o mesmo aceitar cartão, no dia tivemos de pagar com dinheiro, pois nos informaram que estavam com problemas com a conexão de internet. Como não foi a única vez que essa situação ocorreu em Marrakesh, recomendamos sempre estar com uma quantia em dinheiro.





Como chegar a Marrakesh?


Ao planejarmos nossa viagem a Marrocos, uma dúvida surgiu: devemos ir direto a Marrakesh ou devemos descer em Casablanca, alugar um carro e ir dirigindo a Marrakesh?
No nosso caso, como partiríamos de Roma, checamos as duas possibilidades no site da Alitalia. Todos os vôos para Marrakesh faziam uma longa conexão em Casablanca. A exceção era um que partia de Roma às 21:50 e chegava a Marrakesh a 1:25.
Considerando que íamos ficar num Riad na medina de Marrakesh, não achamos conveniente o vôo noturno.  Além disso, após lermos vários comentários no Trip Advisor de que a estrada que liga Casablanca a Marrakesh era nova e muito boa, optamos por descer em Casablanca, alugar um carro e irmos até Marrakesh dirigindo.
Saímos de Roma pontualmente às 9:05 e chegamos em Marrakecsh por volta das 11:20. 
A imigração do aeroporto Mohammed V é um tanto confusa. Como não é uma fila única para os estrangeiros, você tem de tentar adivinhar qual vai ser menos lenta. Pulamos de fila umas 2 vezes na hora que a coisa encrencou. De qualquer forma, não demorou mais de 30 minutos, bem mais rápido que a imigração do nosso eficiente aeroporto de Cumbica.
Após passarmos pela imigração e pegarmos nossas malas, seguimos para o balcão da nossa locadora, a National. Eles não pediram a PID, apenas a habilitação dos condutores. Foi tudo bem simples e rápido. 
Carros em mão, é hora de cair na estrada.
O caminho mais rápido é pela autoestrada A7. Paga-se pedágio na saída de Casablanca e na entrada de Marrakesh. No primeiro pedágio você pega um ticket e deve guardá-lo, pois terá que reapresentá-lo no próximo posto.
Nas rodovias, as placas estão em árabe e francês.
Ao longo do caminho, passamos por alguns vilarejos. Mas o que mais impressiona mesmo é a visão do deserto. Muito lindo.
Também vimos algumas curiosidades, como esse caminhão quase tombando para a direita.

Ao longo do caminho tem vários postos com lojas de conveniência. As placas informam a distância até o próximo. Vale ressaltar, também, que a rodovia é controlada por radar. Não precisa se preocupar, pois as placas informam da proximidade dos mesmos. Após os radares imprimimos uma velocidade maior e não fomos seguidos por nenhuma patrulha.
Não nos arrependemos de termos alugado o carro. A rodovia é muito boa e o caminho, por si só, já é uma atração.

sábado, 14 de julho de 2012

Pra lá de Marrakesh


Por mais que você já tenha lido sobre Marrakesh e ouvido relatos sobre a cidade, você nunca estará preparado para lhe espera.
Uma vez transpostos os muros da medina, um mundo novo se descortina frente aos nossos olhos. A Marrakesh intramuros é caótica: carros, carroças, bicicletas e motocicletas disputam ferozmente cada espaço.

Se você tiver alugado um carro e estiver hospedado em algum Riad na medina, reze para Alá para que seu GPS te leve são e salvo a teu destino, que será, muito provavelmente, um estacionamento público. Creio que a maioria dos Riad não dispõem de estacionamento privado. Assim sendo, você deverá saber de antemão qual o estacionamento mais próximo antes de chegar ao hotel.
O nosso Riad, o Dar Anika, não ficava tão no centro da medina. A uns 500 metros do hotel tinha um estacionamento público que custava  30 dirhams (cerca de 7 reais) por dia. 
Rodamos um pouquinho para chegar ao estacionamento, pois o GPS indicava um outro lugar. Tivemos que parar o carro e pedir ajuda dos locais. Mas tudo ocorreu sem grandes dramas.
Carro estacionado, chegou a hora de conhecer o Riad. Fomos recebidos por Samir e, depois de um check in super rápido, fomos agraciados com um delicioso chá de hortelã com doces árabes, leite e tâmaras. Samir aproveitou a oportunidade para falar um pouco sobre a cidade.
Hora de explorar o Riad!
O Dar Anika é um Riad bem pequeno, acolhedor e super charmoso. Não poderia ter feito escolha melhor. Fiz a reserva pelo booking.com. 
Seguem algumas fotos do Riad.





Infelizmente, não tirei mais fotos do Riad e nem dos quartos. Mas no site deles (http://www.riaddaranika.com) tem muitas fotos legais.
O café da manhã do hotel ,apesar de não ter muitas opções, é delicioso e é servido no terraço do Riad. Tem sempre um suco de laranja, chá de hortelã ou café com leite, um iogurte de comer rezando, bolos e pães, geleia e manteiga. 
Primeiras impressões: calor de matar no verão (uns 45ºC), caos generalizado na medina, staff do hotel super receptivo e acolhedor.
                                                    

Roma - parte 2


Após tomarmos café, hora de seguirmos para o Vaticano, pois tínhamos visita agendada para as 9:00. Ao nos aproximarmos, começamos a ficar assustados, pois a fila estava gigantesca. Mas logo descobrimos que aquela fila era para quem ainda não tinha comprado o ingresso. Como não era o nosso caso, seguimos em frente e entramos direto. Nada de filas.
Compramos os tickets pelo site do próprio Vaticano. Para acessá-lo, clique aqui. Pagamos 19 € por pessoa, sendo 15 € o valor do ticket 4 € o valor da taxa de pré-venda. É preferível pagar esse valor a mais e não pegar filas para entrar, especialmente no verão.
É recomendável, também, entrar no site para ver os dias em que o museu não funciona. Aos domingos, com exceção do último de cada mês, a entrada é gratuita das 9:00 às 12:30.
O Vaticano é o menor Estado independente do mundo, quer seja pelo seu tamanho (44 hectares), quer por sua população. Seu surgimento se deu com a assinatura do Tratado de Latrão, firmando entre a Santa Sé e a Itália em 11 de fevereiro de 1929, durante o governo de Benito Mussolini.

Apesar de termos chegado cedo, já estava cheio. Mas deu para ver tudo com bastante calma. vejamos algumas fotos desse belíssimo lugar.





Depois visitamos a praça de
 São Pedro e sua Basílica.
Resolvemos voltar caminhando para o hotel para trocarmos de roupa. 
Essa Roma é uma cidade muito exibida mesmo. Quando você menos espera tem um monumento, uma ponte, uma ruela que atrai os olhares e merecem ser fotografados.


Roupas trocadas, hora de seguir para o Coliseu.
Compramos nossos tickets no site da OmniTicket Itália (http://www.ticketclic.it). Pagamos € 12.00 + €
1,50 (taxa de conveniência). É seguro e você recebe seus tickets por e-mail. Aqui vale o mesmo que afirmamos com relação ao Vaticano. Compensa pagar esse extra e não ficar amargando um tempão da fila para comprar os ingressos. A entrada para que já tinha o ingresso não tinha fila alguma.
O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flávio, teve sua construção iniciada com o Imperador Vespasiano no ano 72 d.c. Foi inaugurado durante o governo do Tito, filho de Vespasiano, no ano 80, e, por fim, a obra foi concluída no governo de Dominicano, irmão mais novo de Tito, entre 81 d.c e 96 d.c.
É uma obra grandiosa. Não dá para não pensar nos combates que ali ocorreram séculos a fio, onde escravos, prisioneiros de guerra e criminosos serviam de entretenimento para a plateia. Um relance do filme Gladiador me veio à cabeça.
Seguem algumas fotos do Coliseu.


À esquerda do Coliseu está o Arco de Constantino, construído no ano 315 d.c para celebrar a vitória de Constantino sobre o então Imperador Maxentius.

Em seguida, visitamos as ruínas do Fórum Romano. Infelizmente não deu para tirar fotos, pois a bateria da câmera acabou.