sexta-feira, 10 de abril de 2015

Visitando o templo de Borobudur

Localizado na parte central da ilha de Java, a 42 km da cidade de Yogyakarta,  Borobudur é um dos maiores monumentos budistas do mundo. Construído entre os anos 750 e 842 d.c., foi deixado ao abandono por volta do século XI. Redescoberto no século XIX, passou por uma recauchutagem na virada do século XX e por outra mais recente, entre 1973-1982. Ainda bem para nós!!!

Borobudur

Como iria à Ásia em dezembro de 2014, logo tratei de incluir um pit stop em Yogyakarta no meu roteiro, e assim poderíamos conhecer os dois principais templos da região, Borobudur e Prambanan.
Dezembro não é uma boa época para visitar a região, pois chove muito. E a contribuição de São Pedro é muito importante para o sucesso de uma visita a Borobudur, afinal de contas não tem graça alguma ir lá e não conseguir ver o monte Merapi pelo fato de estar encoberto.

Um jardim verdejante na entrada do templo

Como estávamos levando conosco o mais novo membro da família, a Nat, com 4 meses à época, acabei optando ficar 4 noites em Yogya, para conseguirmos ver tudo sem correria, o que acabou se revelando um excesso. Acho que 3 dias seria o ideal, daria para ver os principais templos e atrações da cidade sem correria.
Reservamos por 4 noites um quarto no Hotel Novotel em Yogyakarta, sendo que no segundo dia deixamos nossa bagagem lá e pernoitamos no Hotel Manohara, que fica aos pés do Borobudur. Utilizamos essa estratégia porque queria fazer o Borobudur sunrise tour, que tem início às 4:30 da manhã. Hóspedes de outros hotéis também podem fazer esse tour por uma quantia maior, mas imagina acordar mais cedo que isso e pegar transporte para encontrar o grupo. Difícil, né? Outra família viajante que utilizou a mesma estratégia foi a do Felipe, o pequeno viajante. Para ver o post deles, clique aqui.

Como chegar
Fechamos no Novotel mesmo um táxi para nos levar ao hotel Manohara, nos pegar no dia seguinte no hotel e nos levar a Prambanan. Foi um pouco mais caro do que contratar uma agência ou tentar a sorte com algum taxista na rua, mas a diferença era tão irrisória que nem compensaria o transtorno.
Dá pra ir de ônibus também, mas como este vai parando em vários locais a viagem acaba durando mais. A distância é curta, mas o trânsito é tão congestionado que levamos mais de uma hora para chegar. E com chuva forte tudo ficou pior.

O hotel Manohara
É o único hotel localizado aos pés do Borobudur. Do restaurante do hotel é possível avistar o templo. Fizemos nossa reserva pelo Agoda, que à época da reserva tinha as melhores tarifas. Para acessá-lo, clique aqui. Pelo Agoda você paga adiantado e imprime um voucher que deve ser apresentado na chegada ao hotel.
Vale lembrar que quem está hospedado no Manohara tem direito a uma entrada gratuita ao templo.
Logo depois da nossa chegada assistimos a um filme contando a história de Borobudur. No início pode parecer chato, mas compensa, pois na hora da visita consegui entender o significado de algumas passagens da vida de Buddha esculpidas na pedra.

Só essa vista do restaurante do hotel já valeu a diária. Pena que a
 chuva atrapalhou um pouco!

O nosso quarto era confortável na medida certa. Disponibilizaram a terceira cama e o berço que solicitei na reserva. No quarto tinha TV, ar condicionado, cofre, frigrobar e chaleira elétrica. Garrafas d'água de cortesia e sachês de chá e café foram fornecidos gratuitamente.

Nosso quarto triplo...

...e com um berço para a Nat
Borobudur sunrise
Quem vai participar do passeio para ver o nascer do sol tem de estar pontualmente na recepção do hotel às 4:30. Cedo demais para quem viaja com crianças pequenas. Assim sendo, como eu era a maior interessada em visitar o templo, me candidatei ao passeio. Marido ficou no quarto com as crianças e mais tarde fomos todos juntos.
O passeio custa 380 mil rúpias para quem está hospedado fora do hotel e 230 mil para quem está no Manohara. E quer saber? Vale muito a pena pagar esse extra para ter o templo só para pouquíssimas pessoas (contei umas 20, no máximo) e poder contemplar o sol surgir por trás do Merapi.
Na hora marcada nos encontramos e eles entregaram uma lanterna para cada um, afinal de contas ainda estava de madrugada e o caminho é escuro.

Nascer do sol em Borobudur

A caminhada é curta, mas a subida ao topo do templo é cansativa, pois os degraus são bem altos. Chegando ao topo, como ainda estava bem escuro, dei uma volta de reconhecimento para fazer algumas fotos.
Depois que clareou um pouco mais deu pra ver uma fumaça saindo do Merapi. Será que este estaria entrando em erupção???

Estupas

E conforme ia amanhecendo diversas nuances de rosa e laranja coloriam o céu. Lindo demais!

Merapi visto de Borobudur

Dei muita sorte por não ter chovido naquela manhã. E ainda tive o bônus ver a vegetação tinindo de verde. Lá do alto, contemplando a vastidão esmeralda, vendo a neblina se dissipando lentamente e observando o céu explodir em cores me senti feliz e agradecida pela oportunidade de presenciar tanta beleza.


Depois de explorar bem o tempo, hora de voltar para o hotel. Para ser sincera, achei que faltou um guia para fornecer explicações sobre o templo. A experiência certamente ficaria mais rica. E quem faz o passeio do nascer do sol não tem a possibilidade de contratar os serviços dos locais que se oferecem para acompanhar os visitantes. Mas no site da Unesco tem bastante informação sobre o templo, vale a pena dar uma lida. Para acessá-lo, clique aqui.

Visitando o templo depois do horário de abertura
Depois de ter visitado o templo e ter tomado café da manhã voltei pro quarto e, para minha surpresa, ainda estavam todos dormindo.
Depois marido e Dudu terem tomado café da manhã e de amamentar a Nat, retornamos ao templo. Para visitar Borobudur é necessário usar um sarongue. Se você não tiver não tem problema, eles emprestam sem custo algum. Mas vou confessar que entramos sem sarongue pegando um atalho para o templo que fica dentro da propriedade do hotel, sem passar pelo controle de ticket. Só depois de algum tempo percebi que havia algo de errado. Oops!
Àquela altura do dia o templo já estava bem cheio. Ainda bem que fiz o sunrise tour para garantir minhas fotos!!


Marido, Dudu e Nat

Quem estiver visitando Borobudur com crianças é melhor esquecer o carrinho. Com tantos degraus vai ser impossível utilizá-lo. Usamos o canguru durante o passeio e Nat gostou bastante. Ficamos cerca de 40 minutos. Dudu adorou a visita e até bancou o explorador.
Geralmente tendemos a acreditar que esse tipo de passeio não agrada as crianças. Mas o Dudu, que tem  8 anos, curtiu bastante, e lembrou até de detalhes que tínhamos visto no filme mostrado pelo hotel.
Só a visita a Borobudur já fez valer a pena o deslocamento até Yogyakarta. Na minha opinião, vale a pena investir no sunrise ou no sunset tour. Como na época em que fui chovia praticamente todas as tardes por lá, resolvi apostar minhas fichas na primeira opção. Ainda bem que dessa vez eu saí ganhando.





3 comentários:

  1. Legal o post! Achei bem útil. Iremos com os dois pequenos dentro de alguns dias e estou estudando a melhor maneira de visitar essa região. Você ficou só uma noite no hotel Manohara? Como explorou Prambanam? Foi no mesmo dia do Borobodur ou vocês voltaram para Yogyakarta e foram para Prambanam no dia seguinte? Obrigado! Thales (Pequenos pelo mundo)

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    1. Olá Thales,
      Que bom que gostaram do post. Sim, ficamos apenas uma noite no Manohara. Contratei um taxista para que nos deixasse no Manhohara e nos buscasse no dia seguinte por volta das 10 horas. De lá seguimos até Prambanan e ele ficou nos esperando. No final ainda tínhamos algumas horas para utilizar, daria para ver o Kraton, mas estava fechado e preferimos voltar para o hotel mesmo. Lá em Prambanan tem uns locais que oferecem o serviço de guia, mas não utilizamos nessa ocasião, pois geralmente gosto de ficar mais livre por causa dos filhotes. Como te falei no post fiquei 4 noites em Yogya e achei demais. 3 é o ideal para quem está com crianças e não quer fazer tudo correndo. Mas é possível fazer sem problemas em 2 noites sim.
      Abraço,

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  2. Obrigado pela resposta rápida! Abraço

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